Fruto da influência e da utilização cada vez mais banal das novas tecnologias, que disponibilizam não só bases de dados e informações infindáveis, mas também um sem número de possibilidades de contactos com outros utilizadores, em rede sociais virtuais, através de fóruns, emails, etc, a aprendizagem deixa de ser vista como um processo construído apenas pelo indivíduo e pela sua própria experiência, e passa a abranger também os contactos, as conexões do indivíduo com outros e com o seu contexto de aprendizagem. Isto porque, não podendo assimilar todos os conhecimentos, no momento que necessitamos, podemos recorrer aos conhecimentos daqueles com quem nos conectamos ou nos relacionamos, ou vice-versa, como se fossem repositórios de conhecimentos uns dos outros, a que se pode aceder.
“A mobilidade dos aprendentes (por diferentes áreas), o crescente impacto da aprendizagem informal (não se limita à escola mas estende-se à comunidade e redes pessoais), a aprendizagem como processo contínuo levam a que “saber como” e o “saber o quê” sejam suplantados pelo “saber onde” – o conhecimento de onde se encontra o conhecimento de que se precisa."
“A experiência tem sido considerada, há muito tempo, o melhor professor para o conhecimento. Desde que não podemos experimentar tudo, as experiências de outras pessoas e portanto, outras pessoas, tornam-se o substituto para o conhecimento. «Eu guardo o meu conhecimento em meus amigos» é um axioma para juntar conhecimento juntando pessoas”.
Segundo o conectivismo, a aprendizagem é um processo que ocorre num ambiente onde os elementos centrais estão em mudança – a aprendizagem pode residir fora de nós mesmos e as conexões que nos capacitam aprender mais são mais importantes que o nosso actual estado de conhecimento.
“Georges Siemens destaca a mudança da relação da pessoa com o conhecimento. Em grande número de casos, não é mais possível ter, antecipadamente, todo o conhecimento de que se necessita para resolver um problema pontual; é preciso saber onde o conhecimento adicional está e ir buscá-lo. Nesse quadro, o que importa para a pessoa é sua rede de conexões com os nós de conhecimento.”
Portanto, além de obtermos conhecimentos e adquirirmos competências, para o sucesso do processo de aprendizagem é ainda mais importante estarmos conectados com fontes de informação, que podem ser pessoas, conteúdos de aprendizagem ou bases de pesquisa e ainda desenvolvermos a apetência e capacidade de busca, procura, pesquisa e selecção da informação. Ter conexões e fontes de informação disponíveis economiza a nossa capacidade de acumulação conhecimentos, ou seja, a nossa memória, mas exige capacidade auto-organização, não só para procurar e encontrar a fonte ou conexão certa e o conhecimento desejado.
”Ou seja: para aprender é necessário ter a capacidade de formar conexões entre fontes de informação e daí criar padrões de informação úteis."
Isto significa, portanto, que a aprendizagem é um processo contínuo e não controlado pelo indivíduo, já que as conexões disponíveis e o próprio indivíduo estão em mudança constante; este pode apenas empenhar-se em concretizá-la, por focalizar e organizar a sua busca ou pesquisa e seleccionar e organizar os conhecimentos que necessita. /span>
”Ou seja: para aprender é necessário ter a capacidade de formar conexões entre fontes de informação e daí criar padrões de informação úteis."
Isto significa, portanto, que a aprendizagem é um processo contínuo e não controlado pelo indivíduo, já que as conexões disponíveis e o próprio indivíduo estão em mudança constante; este pode apenas empenhar-se em concretizá-la, por focalizar e organizar a sua busca ou pesquisa e seleccionar e organizar os conhecimentos que necessita. /span>
“A aprendizagem é um processo que ocorre dentro de ambientes nebulosos onde os elementos centrais estão em mudança – não inteiramente sob o controle das pessoas. A aprendizagem (definida como conhecimento accionável) pode residir fora de nós mesmos (dentro de uma organização ou base de dados), é focada em conectar conjuntos de informações especializados, e as conexões que nos capacitam a aprender mais são mais importantes que nosso estado actual de conhecimento.”
A chave do sucesso da aprendizagem são boas conexões, já que pessoas bem conectadas são capazes de estimular e manter o fluxo do conhecimento, de modo que o conhecimento parte do indivíduo para a rede e da rede para o indivíduo, que por sua vez alimenta novamente a rede e esta continua a prover conhecimento para o indivíduo, através de um ciclo de conhecimento que permite a actualização constante de conhecimentos.
Assim sendo, a nossa habilidade em aprender aquilo que precisamos para amanhã é mais importante do que aquilo que sabemos hoje, de modo que é importante pensarmos se têm que ser desenvolvidas novas metacompetências em todos os níveis da aprendizagem, tais como:
“- a competência de analisar e avaliar a credibilidade das informações obtidas na rede, seja esta baseada em computadores, comunidades de prática ou em cadernos de endereços
– a competência de criar ambientes que facilitem a aprendizagem informal que é mais corrente que aaprendizagem formal
– a competência de formar redes pessoais para fazer com que a experiência individual total seja a soma de experiência individual propriamente dita com a experiência daqueles com os quais o indivíduo está conectado
– a competência de aproveitar com o fato de que a aprendizagem é um processo contínuo que se estende por toda a vida – a competência de estabelecer conexões entre idéias, conceitos e campos do conhecimento de forma tal que a informação obtida num nó da rede possa ser aplicada em outro contexto (transferência de conhecimento)
– a competência de escolher o que aprender.”
“Princípios do conectivismo:
• Aprendizagem e conhecimento apoiam-se na diversidade de opiniões.
• Aprendizagem é um processo de conectar nós especializados ou fontes de informação.
• Aprendizagem pode residir em dispositivos não humanos.
• A capacidade de saber mais é mais crítica do que aquilo que é conhecido atualmente.
• É necessário cultivar e manter conexões para facilitar a aprendizagem contínua.
• A habilidade de enxergar conexões entre áreas, idéias e conceitos é uma habilidade fundamental.
• Atualização (“currency” – conhecimento acurado e em dia) é a intenção de todas as atividades de aprendizagem conectivistas.
• A tomada de decisão é, por si só, um processo de aprendizagem. Escolher o que aprender e o significado das informações que chegam é enxergar através das lentes de uma realidade em mudança. Apesar de haver uma resposta certa agora, ela pode ser errada amanhã devido a mudanças nas condições que cercam a informação e que afetam a decisão.”
“O conectivismo apresenta um modelo de aprendizagem que reconhece as mudanças tectônicas na sociedade, onde a aprendizagem não é mais uma actividade interna, individualista. O modo como a pessoa trabalha e funciona são alterados quando se utilizam novas ferramentas. O campo da educação tem sido lento em reconhecer, tanto o impacto das novas ferramentas de aprendizagem como as mudanças ambientais na qual tem significado aprender. O conectivismo fornece uma percepção das habilidades e tarefas de aprendizagem necessárias para os aprendizes florescerem na era digital.”